A infecção pelo HPV é a doença sexualmente transmissível mais
comum atualmente. Esse grupo de vírus inclui mais de 100 subtipos diferentes e
desses, mais de 30 são transmissíveis via relação sexual, podendo causar
infecções genitais tanto em mulheres como em homens. As infecções ocorrem em
áreas como vulva, vagina, colo uterino, região perianal, reto e em diferentes
regiões do pênis.
O produto, que acabou de chegar ao Brasil, é uma vacina
quadrivalente que protege a mulher de quatro subtipos do HPV (6, 11, 16 e 18),
sendo os dois primeiros associados a 90% das verrugas genitais e os últimos
responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo uterino. Em breve, o País
receberá outra vacina, desenvolvida pela Glaxo, com cobertura para os tipos 16 e
18 (Vacina Bivalente contra o HPV, ou Cervarix no exterior). "As duas, porém,
conferem uma imunidade de praticamente 100% contra a evolução maligna das lesões
causadas por esses subtipos de HPV relacionados com o câncer feminino"
Para quem torce o nariz ao vacinar uma garota de 10 ou 12 anos
contra uma doença sexualmente transmissível (DST), o médico esclarece: "A
hepatite B é basicamente uma DST e ninguém questiona a vacinação de
recém-nascidos, que inclusive está no calendário oficial". A preocupação - se
existir - deve estar mesmo na abordagem do assunto com as jovens mulheres, que
não podem achar que a imunização dispensa o uso de preservativo, o rigor na
escolha dos parceiros e o acompanhamento ginecológico anual. "A vacina é um
avanço aguardado há anos, mas seria um grave engano descuidar das outras medidas
de proteção contra a DSTs".
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