Escolher um novo computador pode parecer uma tarefa fácil, dada a
quantidade de oferta de novas máquinas, com novas configurações, e a quantidade
de ofertas – máquinas cada vez mais novas custando cada vez menos. Isso torna o
fator preço, por incrível que isso possa ser, um fator secundário.
Especialmente por causa da primeira regra dos equipamentos tecnológicos: não
importa o quanto você está pagando por um equipamento hoje, ele vai custar
menos daqui a seis meses.
Em um cenário como esse, o mais importante a se levar em conta é o uso
que você irá fazer do equipamento. Um exemplo rápido: se você precisa de um
computador para ver vídeos ou trabalhar com gráficos você vai precisar de um
equipamento diferente do que se você precisasse mais de um computador capaz de
acessar grandes quantidades de dados rapidamente.
Para facilitar a sua escolha, você vai
conhecer os principais itens a levar em consideração, e fazer uma compra o mais
consciente possível.
Todos se perguntam?
Uma compra consciente está diretamente relacionada com o fato de você
saber o uso que você fará do novo computador. Comprar um equipamento para ver
vídeos, acessar a internet e usar planilhas e processadores de texto é
diferente de comprar um equipamento para editar imagens ou vídeos, ou jogar games de última geração.
Dependendo do uso, vale a pena investir em mais memória RAM, por
exemplo, ou uma placa aceleradora de gráficos (GPU) mais avançada, itens que
serão explicados mais adiante. O principal é que ter plena consciência desse
uso vai inclusive evitar o “canto de sereia” dos vendedores, que podem tentar
convencê-lo a levar um equipamento mais caro, mas que não terá absolutamente
nenhuma utilidade para você.
No caso da escolha entre um laptop ou um desktop há que se pensar também
no uso. Quantas pessoas irão usar o computador? Você precisa de mobilidade ou
prefere que seus dados estejam seguros em casa?
A memória RAM é a responsável pela capacidade do computador de gerenciar
programas diferentes ao mesmo tempo – cada programa aberto faz uso de uma parte
dessa memória. Isso significa que quanto mais memória RAM, maior a capacidade
do computador de gerenciar várias atividades de processamento paralelas.
A maioria das configurações básicas atuais tem 2GB de memória RAM, o que
é suficiente para tarefas comuns como navegar na internet ao mesmo tempo em que
se edita um texto e se ouve música. Fuja de modelos mais baratos que trazem
apenas 512Mb de memória RAM.
A maioria dos programas (inclusive o sistema operacional Windows 7)
precisa de mais do que isso para rodar de maneira satisfatória. Eles até rodam
em configurações de 1Gb de memória mas a chance de seu computador virar uma
carroça com meses de uso é muito grande.
Para jogos e outros programas mais pesados, prefira configurações a
partir de 4GB de memória.
O processador é o coração da máquina. É ele que responde pela velocidade
de resposta das funções que exigem grandes cálculos ou acesso a informações
armazenadas.
O problema é que atualmente existe uma grande oferta de processadores de
alta performance e fica difícil saber exatamente qual é a melhor escolha.
Relativamente baratos e com boa performance, os processadores de dois
núcleos (dual core, ou core 2) são uma boa opção.
Prefira os processadores das duas maiores fabricantes: AMD e Intel.
Se você precisa de alta performance (para jogos , por exemplo), prefira
os processadores com mais de dois núcleos como os quádruplos AMD Phenon e os da
família i (i5, i7) da Intel.
Espaço é um dos itens tecnológicos mais baratos atualmente. E como
espaço para armazenar seus arquivos nunca é demais, você pode optar por HDs de
até 1Tb (Terabyte, ou 1000 Gigabytes, aproximadamente) a preços confortáveis.
Uma dica interessante – e segura – é investir em um HD mediano (em torno
de 320 Gb) embutido no computador, e em outro HD externo para que você tenha
copias de backup de seus arquivos mais importantes em dois lugares diferentes.
Já é possível encontrar HDs externos de 500 Gb por até R$ 300. Outra
vantagem é que boa parte dos equipamentos como TVs e Home Theaters de hoje têm
entradas USB, permitindo que você rode filmes, música e veja fotos diretamente
do HD externo na TV.
As antigas placas de vídeo ganharam um nome pomposo – GPUs, ou Unidade
de Processamento Gráfico, ou ainda Aceleradores Gráficos. Sua função é
justamente “ajudar” a memória RAM a processar imagens de maneira mais rápida. A
indústria lança placas novas periodicamente que permitem gráficos cada vez mais
nítidos e rápidos.
Notebooks, netbooks e desktops normalmente vêm com a sua placa de vídeo
instalada de fábrica, suficiente para que você desempenhe a maioria das tarefas
cotidianas – ver um vídeo na internet ou em um DVD, por exemplo – sem maiores
problemas.
No entanto, o desempenho dessas placas cai bastante em programas que
usam uma grande quantidade de gráficos como os games mais recentes.
Se esse for o caso e se você estiver comprando um desktop, vale a pena
consultar o preço de uma GPU extra. Notebooks já se tornam um caso mais
complicado, já que é muito difícil fazer o upgrade desse tipo de placa em um
compacto. Nesse caso, existem notebooks que já vêm turbinados para os gamers
com placas de vídeo mais potentes e outros itens que melhoram a exibição de
gráficos – é o caso dos modelos da linha Alienware, da Dell, ou da série G da
Asus. Todos com preços bem salgados.
Desktops costumam ter um número padrão de portas USB e outras saídas de
dados. Já os laptops pedem uma atenção especial. Aqui, mais é melhor,
especialmente nos chamados netbooks, que normalmente vêm sem drives de leitura
de CDs e DVDs.
Uma saída HDMI também é uma boa pedida, no caso dos notebooks. Ela
permite que você conecte seu aparelho à TV para ver filmes – por exemplo – com
alta qualidade de som e imagem.
Dependendo do negócio, sobrando um dinheirinho, vale a pena investir em
alguns acessórios.
Se você optar por um desktop, pode comprar um monitor maior, e de melhor
qualidade. Alguns modelos a partir de 21 polegadas têm inclusive a capacidade
de funcionar como uma TV. Eles tem entrada HDMI e RGB que permitem que você
ligue – além do computador – conversores de TV à cabo. Os modelos giram em
torno de R$ 700.
No caso dos compactos, verifique se você tem drive leitor/gravador de
CD/DVD. Caso não exista você pode adquirir um modelo externo. Mas avalie! A
oferta é grande e os preços variam muito. Além disso, os drives capazes de ler
discos Blu-ray estão com preços em queda – chegando a custar menos de R$ 400.
Finalmente, os drives de armazenamento estão cada vez mais baratos.
Independente de comprar um desktop, laptop ou netbook pode ser uma boa ideia
colocar um HD externo no pacote, tanto para backup dos seus arquivos como para
armazenar filmes, músicas e fotos que poderão ser vistos em outro lugar
posteriormente.
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