terça-feira, 16 de abril de 2013

Suspeita de dengue em Itanhaem

Foto retirada facebook :
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Um adolescente de 17 anos morreu na manhã deste domingo (14) em Itanhaém, no litoral de São Paulo, com suspeita de dengue hemorrágica. A família alega que houve demora para que o jovem fosse internado no pronto-socorro da cidade, pois ele já apresentava vários sintomas da doença.
Segundo os familiares, Welisson Santana da Silva, morador do bairro Ivoty, sofria com convulsões desde criança. Na segunda-feira (8), ele estava com febre e procurou atendimento no Pronto-Socorro de Itanhaém. Os médicos diagnosticaram dengue, o medicaram, deram soro e o mandaram para casa.
Ainda de acordo com a família, o mesmo procedimento se repetiu nos dois dias seguintes até que, na quinta-feira (11), o exame apontou que Welisson tinha menos de 100 mil plaquetas. O adolescente reclamava de fortes dores abdominais e começou a vomitar, alguns dos sintomas de dengue hemorrágica.
Rosana Aparecida Santana, mãe de Welisson, conta que os médicos só decidiram internar o jovem quando o quadro clínico já era bem grave. "Eles mandaram meu filho para casa e me disseram que, se ele ficasse branco, era para eu levá-lo de volta para o hospital, porque era dengue hemorrágica. Quando deu entrada na UTI, já era tarde", lamenta.
No sábado (13) à noite, Welisson Santana da Silva foi transferido do pronto-socorro para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Itanhaém, onde veio a falecer no domingo pela manhã.
O pescador Bruno Fernandes da Silva, pai do adolescente, está revoltado com o que aconteceu. "Isso é uma pouca vergonha, não só por causa do meu filho, mas por todo mundo que passa por essa situação. Aqui a gente é lixo. Nós não temos dinheiro para pagar médico particular, por isso procuramos o pronto-socorro, e acontece isso.  A gente não é nada", desabafa o pescador.
Em nota, a Prefeitura de Itanhaém afirma que aguarda o resultado da coleta de sangue que foi solicitado junto ao Serviço de Investigação de Óbito (SVO), do Instituto Adolf Lutz, para que seja informada a causa da morte. A Prefeitura informa ainda que, quando o paciente apresentou sintomas graves, foi internado no Pronto Socorro Municipal e encaminhado a Central de Regulação de Vagas para internação hospitalar.
Fonte: http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2013/04/filho-morre-e-pai-acusa-hospital-de-descaso-aqui-gente-e-lixo.html

O secretário disse que toda a equipe médica recebeu bem o paciente e fez o que foi possível. "Nossa equipe médica é muito bem capacitada, está preparada e acreditamos que todos os procedimentos foram corretos. Na verdade, a dengue é uma doença que requer muita hidratação. Sendo assim, acreditamos que a orientação dada pelos médicos foi cumprida. Quando abaixou o número de plaquetas no sangue é que se recomendou a internação", disse ele.

Segundo o secretário, a internação demorou porque não havia vagas no hospital, e o procedimento não depende só do município, mas também do Estado, por causa da central de vagas. "Nós seguramos a internação o máximo possível porque não temos onde colocar esses pacientes", falou o secretário.
Garzon disse que irá abrir um processo administrativo para verificar se houve algum erro médico neste caso. Os prontuários serão analisados, já que, de acordo com o secretário, quando um paciente está apresentando alguma patologia que está agravando os sintomas, ele tem que ser tratado com prioridade.

Com relação ao número de leitos, ele disse que precisa haver uma parceria maior com o Governo do Estado. "Nós não temos condições de ter esses leitos se não for com a ajuda do Estado. Hoje mesmo estarei em Santos em uma reunião, onde vamos discutir justamente o número de vagas, não só em Itanhaém, mas em toda a região", disse.
O secretário afirmou que Itanhaém não está em epidemia de dengue porque tem apenas 20 casos confirmados, mas o município está se preparando para o pior. "A cidade vem há muitos anos tratando desse problema. Nós temos 250 agentes comunitários de saúde, 36 agentes de endemia visitando casa por casa. Agora, precisamos continuar com essa campanha e alertar a população que não precisamos mais de conscientização, nós precisamos de ação por parte da população. É necessário que a população entenda que ela é responsável pela sua saúde", falou o secretário. De acordo com ele, o poder público irá ajudar e cuidar de quem está com a doença.
 

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