Itanhaem
A investigação sobre um sequestro, ocorrido em Mongaguá, resultou na prisão
de um suspeito, Eduardo Ferreira dos Santos Soares, o Edu, de 30 anos, em
Itanhaém. Ele já constava como procurado da Justiça, acusado de participação no
assassinato de um policial, em Praia Grande, no ano passado.
Edu foi
encontrado em uma casa na Rua Verde Mar, Vila Loty. Por volta das 16h30 de
quinta-feira, uma equipe da Delegacia Anti Sequestro (Deas) de Santos foi até o
imóvel e deteve o suspeito. Segundo o delegado Carlos Alberto da Cunha, também
houve a apreensão de um carro, um Peugeot 206, cinza, e uma faca.
Cunha
comentou que há suspeita de que o veículo foi utilizado no sequestro do filho de
um comerciante de Mongaguá, de 17 anos. Será apurado também se a faca foi usada
no crime.
Conforme dados da polícia, Edu
participou do arrebatamento do adolescente. Segundo o delegado, o detido negou
qualquer ligação com o sequestro e indicou outro homem, conhecido pelo apelido
Criatura, como um dos envolvidos no crime.
Durante os trabalhos, foi
constatado que o detido tinha um mandado de prisão temporária expedido pela 2ª
Vara Criminal de Praia Grande.
As investigações sobre o sequestro do
adolescente em Mongaguá continuam. Denúncias podem ser feitas por meio do
telefone 3228-6451. Não é necessário se identificar.
O adolescente foi sequestrado em sua casa,
em Mongaguá, na manhã de 15 de março. Ele passou cerca de 19 horas em um matagal
e foi liberado sem pagamento de resgate.
Segundo o apurado na ocasião, o
pai do jovem, que é comerciante na Cidade, saía para trabalhar quando foi
rendido, no portão, por um casal. A dupla estava armada e anunciou o
assalto.
O comerciante foi levado para dentro da residência, onde estavam
a mulher e o filho dele. Todos foram obrigados a deitar no chão, sem olhar para
os marginais.
Outras duas pessoas entraram na casa e começaram a revirar
o imóvel. O grupo procurava cofre ou dinheiro, mas nenhum valor foi encontrado.
Por causa disso, o adolescente foi levado. Os autores alegaram que
ficariam com o jovem “até aparecer o dinheiro” e fugiram no carro da
família.
O automóvel foi achado
abandonado a algumas quadras da residência. Foi feito contato com a família,
pedindo resgate, cerca de uma hora e meia depois.
A vítima ficou em um
matagal, distante cerca de dois quilômetros de sua casa. Uma calça esportiva foi
utilizada para amarrar o jovem. Por volta da 1 hora do dia 16, os marginais
acabaram soltando o filho do comerciante. Nenhum valor foi pago.