sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Uma jovem desaparecida em Itanhaem

Uma jovem desaparecida desde a noite de terça-feira foi achada morta com a garganta cortada, por volta das 11h30 de quinta-feira, em um dos principais pontos turísticos de Itanhaém. Última pessoa a ser vista com a vítima, um rapaz é o suspeito do homicídio e ainda de ter envenenado a família dela.

O corpo de Solange dos Passos Pimentel, de 19 anos, estava entre pedras à beira-mar, nas proximidades da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e da Cama de Anchieta, na Praia dos Sonhos. A cerca de três metros do cadáver havia respingos de sangue e uma cordinha azul, que foi apreendida.

Por não portar documentos, a jovem branca, de cabelos claros amarrados tipo rabo de cavalo, com piercing no umbigo, que estava descalça e vestia calca jeans e blusa preta sob um bolero da mesma cor não pôde ser identificada de imediato.

Porém, logo a equipe do delegado Douglas Borguez, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém, cogitou a hipótese de a vítima ser Solange, devido às características físicas, e acertou na suspeita.
Amigo de Solange, um rapaz de 23 anos é o principal suspeito do assassinato e até ontem à noite permanecia na DIG para ser interrogado. Antes de ouvi-lo, o delegado Borguez tomava os depoimentos de familiares e de outras pessoas na tentativa de desvendar o crime.

“Esse jovem é o principal suspeito porque foi a última pessoa que supostamente esteve com a vítima e por causa do seu histórico de ocorrências”, disse Borguez. O averiguado figura em vários boletins de ocorrência como suposto autor de furtos e de estelionato.

O suspeito esteve na terça-feira à noite na casa de Solange, no Jardim Iemanjá, naquele município. Na ocasião, a jovem preparou café, que foi servido pelo averiguado. Segundo um irmão da vítima, de 17 anos, todos na residência, inclusive sua mãe, passaram mal após ingerir a bebida.

A mãe chegou a ser internada, mas antes disso Solange saiu com o suspeito e não deu mais notícias. A falta de contato motivou uma irmã da jovem, moradora em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, a registrar o desaparecimento na Delegacia Seccional de Itanhaém.
Sem qualquer registro de desaparecimento anterior e de envolvimento com crimes e uso de drogas e álcool, Solange não atendia ao celular, mas supostamente foi a autora de mensagem de texto enviada de seu aparelho para parentes durante o período do seu sumiço.

No comunicado via SMS, Solange afirmou estar “bem”, em Peruíbe, e prometeu explicar tudo ao regressar para Itanhaém, segundo revelou a sua irmã ao registrar o boletim de ocorrência de desaparecimento. Porém, não houve volta.

O encontro do corpo frustrou qualquer possibilidade de a vítima contar o que aconteceu. Diante do relato do irmão de Solange, o delegado Borguez esteve com peritos criminais na residência da jovem e apreendeu dois copos com resquícios de café.

“Pedi a análise do conteúdo dos copos e requeri ao Instituto Médico-Legal (IML) a realização de exame toxicológico na vítima. Queremos saber se algo foi colocado no café. Surgiu uma informação de que o averiguado teria tramado um furto na casa da jovem mediante o envenenamento de sua família”, justificou o titular da DIG.

http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=201753&idDepartamento=11&idCategoria=0

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