sábado, 7 de maio de 2011

Sexualidade Feminina

No cotidiano das grandes e médias cidades, muitas mulheres não encontram tempo na agenda para visitar seus médicos com a regularidade que deveriam e acabam recorrendo à automedicação, prática que consiste no uso de medicamentos sem prescrição e oferece riscos diretos à saúde. A Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma) afirma, por exemplo, que cerca de 20 mil pessoas morrem anualmente no país vítimas desse processo.
“A falta de tempo pode ser uma causa indireta da automedicação”, resume o infectologista Luiz Henrique Melo, professor da Faculdade de Medicina de Joinville (Univille). Segundo o especialista, o problema está “correlacionado à acessibilidade ao sistema de saúde e sua eficiência, ao controle na fiscalização para a compra de medicamentos, ao grau de instrução e nível socioeconômico dos pacientes e ao preço dos remédios”, entre outros fatores.

Mas, para saber como evitar os riscos da automedicação , nada melhor do que compreendê-la. O Dr. Melo explica que a prática pode ser classificada como total, parcial ou falsa. A primeira, que tem entre as mulheres sua maior propensão, de acordo com o infectologista, ocorre quando não há controle médico algum no processo.

Já a automedicação parcial se dá quando o paciente não adere ao tratamento orientado pelo médico, com incidência em igual medida entre os sexos, e, a falsa, quando o usuário é levado a se automedicar por qualquer outra circunstância sem que haja essa intenção primariamente. “As pessoas de mais idade evitam a total, porém são menos aderentes, e as mais jovens, o contrário”, acrescenta.

As consequências negativas da automedicação podem ser, além de clínicas, econômicas. Com relação ao primeiro indicador, a incapacidade de se avaliar tecnicamente a qualidade e a gravidade dos sintomas pode adiar o início do tratamento adequado, mascarar a evolução de enfermidades ou levar ainda à iatrogênese, ou seja, a doenças provocadas pela própria medicina na sociedade.

Economicamente, o custo pode ser direto e indireto. Direto pela aquisição de um medicamento desnecessário ou inadequado, que, independentemente do seu custo, sairá caro. “E indireto pela evolução da doença, levando à necessidade de afastamento do trabalho ou à exigência de tratamento das consequências negativas provocadas pelo uso do medicamento”, completa.

Uma das recomendações, principalmente para se evitar o risco de se praticar a automedicação sob a alegação de falta de tempo, é tirar, na consulta, o maior número de dúvidas possível. “É importante explorar ao máximo os motivos que levaram o médico a fazer a escolha do medicamento, se existem outras alternativas, procurar ter ideia do preço, e, na eventualidade de falta de recursos para comprá-lo, já ter uma segunda opção”, adverte o especialista.
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